A - Minhas Postagens, Aécio Neves, Beto Richa, Corrupção, Gilberto Kassab, Goiás, José Serra, Marconi Perillo, Minas Gerais, Paraná, Pará, Políticos do PSDB, São Paulo, Simão Janete, Siqueira Campos, Tocantins

Os envolvidos do PSDB com Cachoeira: Vai sobrar alguém no partido?

Post atualizado: Surgiu novas informações sobre o envolvimento do governador Beto Richa.

Governador de Goiás, Marconi Perillo:

Conversas gravadas pela Polícia Federal mostram que o bicheiro Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, cobrou do ex-presidente do Detran de Goiás Edivaldo Cardoso a fatura pelo apoio à eleição do governador Marconi Perillo (PSDB). No diálogo, o bicheiro e o ex-auxiliar do governador discutem a partilha da verba publicitária do Detran, segundo Edivaldo, no valor total de R$ 1,6 milhão. Cachoeira lembra da participação que teve na campanha de Perillo e exige a maior fatia do bolo.

— Quem lutou e pôs o Marconi lá fomos nós — diz Cachoeira.

Deputado federal de Goiás, Carlos Alberto Leréia:

O contraventor Carlinhos Cachoeira, preso pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo, mandou entregar propina “embrulhada em jornal” para o deputado federal Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO). A PF assinala que Cachoeira manda Geovani (Pereira da Silva), seu contador, “passar dinheiro para o deputado Lereia, não sendo possível identificar a que título”. Interceptações telefônicas da PF flagraram diálogos entre Cachoeira e Leréia. Também caiu no grampo o contador Geovani,, que está foragido. O contraventor o chama de Geo e pede a ele que providencie pagamentos em dinheiro vivo para Leréia.

Senador de Tocantins, Ataídes de Oliveira:

As escutas da Operação Monte Carlo mostram uma relação de grande amizade do senador Ataídes de Oliveira (PSDB-TO) com o contraventor Carlos Cachoeira. O senador empresta avião, marca encontros para tomar vinhos e fazer negócios de milhões.

Deputado federal do Paraná, Fernando Francischini:

Havia uma troca de informações entre o grupo de Carlinhos Cachoeira e o Deputado Fernando Fracischini (PSDB-PR). As informações eram passadas por um policial federal chamado Tomé para Idalberto, o Dadá, que informava o senador Demóstenes Torres. O grupo também comenta que Francischini está mudando o título eleitoral para Brasília para candidatar à Governador.

Ex-governador e candidato a prefeito de São Paulo, José Serra [1] [2]:

[1] O Ministério Público de São Paulo e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o contraventor Carlinhos Cachoeira investigam um possível favorecimento do grupo do bicheiro em São Paulo, na gestão do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e durante o mandato de José Serra (PSDB) no governo do Estado (2007-2010) e na prefeitura paulistana (2004-2006). De acordo com reportagem da revista Isto É na edição desta semana, a suspeita é de a construtora Delta, que seria o braço operacional de Cachoeira, teria sido favorecida com a ampliação do número de contratos durante essas administrações.

[2] “Grupos educacionais que eram irrelevantes, mas que construíram boas conexões políticas com o PSDB, receberam verdadeiras fortunas”, diz Ernani de Paula. O caso que mais chama a atenção, segundo ele, é o da Faculdade Sumaré, que já soma quase R$ 70 milhões em repasses. Em seguida, há o do grupo Uniesp, que recebeu pouco mais de R$ 60 milhões.

Senador e ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves:

O Estadão divulgou grampos da Operação Monte Carlo que comprovam que, atendendo aos pedidos do ex-demo Demóstenes Torres, ele ajudou a nomear uma prima do mafioso Carlinhos Cachoeira ao governo mineiro. A matéria é de Fausto Macedo: “Escutas telefônicas da Polícia Federal revelam que o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) intercedeu diretamente junto a seu colega, Aécio Neves (PSDB-MG), e arrumou emprego comissionado para uma prima do empresário [o Estadão ainda insiste neste rótulo] do jogo de azar Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Mônica Beatriz Silva Vieira, a prima do bicheiro, assumiu em 25 de maio de 2011 o cargo de Diretora Regional da Secretaria de Estado de Assistência Social em Uberaba”.
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Governador de Tocantins, Siqueira Campos [1] [2]:
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[1] Sócio do contraventor Carlinhos Cachoeira e do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), o empresário Marcelo Henrique Limírio doou R$ 300 mil para o Comitê Financeiro Único do PSDB no Tocantins, partido do governador Siqueira Campos, conforme revelou consulta feita pelo CT ao site do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A pesquisa informou ainda que o depósito da doação foi feito em dinheiro no dia 29 de outubro, ou seja, após as eleições de 2010.
 [2] “Mais um governador apareceu nas escutas telefônicas interceptadas pela Polícia Federal na Operação Monte Carlo. Desta vez, segundo revelam os relatórios da investigação, foi José Wilson Siqueira Campos (PSDB), do Tocantins. O tucano é citado em um diálogo entre Carlinhos Cachoeira e Gleyb Ferreira, sócio e braço-direito do contraventor, que está preso acusado de explorar jogos de azar em Goiás e no Distrito Federal. Na conversa, Cachoeira afirma ter um encontro marcado com Siqueira Campos e diz que um dos assuntos seria sobre Deuselino Valadares, que na época era chefe da Superintendência da Polícia Federal em Goiânia.
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Governador do Pará, Simão Jatene:
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O Ministério Público abriu investigação para apurar a ligação do Governo Jatene, do PSDB, com a Delta Construção, de Carlinhos Cachoeira. Jatene firmou contrato pagando preço absurdo para a empresa a título de aluguel de veículos para a Polícia Militar do Pará. O valor que o governo do Pará paga de aluguel, dava para comprar a frota toda de veículos para as Polícias Militar e Civil.
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Governador do Paraná, Beto Richa:
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[1] Interceptações de e-mails feitas pela Polícia Federal durante a operação Monte Carlo revelam que dois parceiros do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, planejavam, em 2010, o restabelecimento de uma loteria estadual no Paraná. Um dos envolvidos na conversa é o argentino Roberto Coppola, sócio da empresa Larami, que controlou o serviço de loterias on-line do Paraná entre 2002 e 2004. Em correspondência com o ex-cunhado de Cachoeira, Adriano Aprigio de Souza, no dia 5 de outubro de 2010, ele escreve sobre um suposto encontro para tratar do assunto com o então governador eleito Beto Richa (PSDB).
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[2] Revista Época diz que Carlinhos Cachoeira teria indicado o Secretário de Segurança do Paraná
Documentário Vídeos, Governos do PSDB, Pará, Simão Janete

Simão Jatene (PSDB/PA) e as mortes no campo

O PT veiculou uma campanha de rádio e TV que relaciona casos de violência no campo ocorridos no Pará com o atual governador do Estado, Simão Jatene (PSDB).

A propaganda partidária, que foi ao ar na última sexta-feira (10), cita episódios que tiveram repercussão internacional, como o assassinato do casal de extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva, ocorrido há três semanas na zona rural de Nova Ipixuna, no sudeste paraense.

Ele era governador em 2005, quando a missionária Dorothy Stang foi assassinada em Anapu, e era secretário de Planejamento em 1996, durante o massacre de Eldorado do Carajás, no qual 19 sem-terra morreram em confronto com a polícia.

A - Minhas Postagens, Pará, Simão Janete

Folha diz que divisão do Pará beneficiará o PT. Mas não explica como

Mesmo o Estado do Pará sendo governado pelo Simão Jatene (PSDB) e este tenha ganho a eleição com 13% de diferença contra a Ana Júlia (PT), o jornal Folha de São Paulo chega a boçal conclusão de que a divisão do Estado beneficiaria o Partido dos Trabalhadores e o PMDB. Mas como? Isso nem a Folha de São Paulo explica

Divisão do Pará beneficiaria PT e PMDB

Se o eleitor paraense votar sim no plebiscito sobre a criação dos Estados de Tapajós e Carajás, dividindo em três o território do Pará, o cenário político desses novos eleitorados beneficiará principalmente partidos da base aliada do governo federal, como PT, PMDB e PDT.

A votação, aprovada em maio pelo Congresso, deverá se realizar em até seis meses.

Pela proposta, Carajás ficaria no sul e no sudeste do Pará. Já Tapajós, no oeste do Estado.

Se a divisão for confirmada nas urnas, Carajás terá 39 municípios e 1,6 milhão de habitantes, sendo que sua maior cidade será Marabá.

Já Tapajós terá 27 municípios e 1,2 milhão de habitantes, sendo que sua maior cidade será Santarém.

Com a divisão, o novo Estado do Pará ficaria com 78 municípios e 4,6 milhões de habitantes.

 

Corrupção, Pará, PMDB, Simão Janete

Corrupção envolvendo Simão Jatene (PSDB/PA) e PMDB tem contracheques de R$ 85 mil e desvio de milhões

Amigos do Presidente Lula

A ALEPA (Assembléia Legislativa do Pará ) é alvo de operação do Ministério Público estadual, contra corrupção e fraudes na folha de pagamento e em contratos.

Em operação deflagrada no dia 19 de abril, houve prisões cautelares de alguns funcionários, busca e apreensão em diversos endereços, inclusive de deputados. Na casa do ex-deputado Robgol (PTB), a polícia encontrou R$ 500 mil em espécie R$ 40 mil em tíquetes-alimentação que eram distribuídos pela ALEPA.

A ALEPA foi presidida pelo atual senador Mario Couto (PSDB/PA) até 2006, sendo sucedido por Domingos Juvenil (PMDB/PA) até 2010, e agora é presidida pelo Dep. Manoel Pioneiro (PSDB).

Juvenil concorreu ao governo do estado nas últimas eleições e perdeu, ficando fora do segundo turno, quando passou a apoiar o tucano Simão Jatene (PSDB), que foi eleito.

Guerra do PIG tucano versus o PIG peemedebista

Os jornais do PIG (Partido da Imprensa Golpista) paraense, cada um ligado a um partido, empurra o escândalo para o colo do outro.

O LIBERAL que é tucano,” mete bala” no ex-presidente da ALEPA Domingos Juvenil.

O DIARIO DO PARÁ, do peemedebista Jader Barabalho “atira” no senador Mario Couto.

Blogueiro censurado

Nessa briga de cachorros grandes, sobrou “bala perdida” para o Blog do Barata, que está denunciando toda essa maracutaia, e foi censurado, proibido de citar o Deputado Carmona (outro ex-presidente da ALEPA), por decisão da Juíza Danielle de Cássia Silveira Bührnheim.

Contracheques de quase R$ 85 mil

Na Folha de pagamento, foram identificados 13 supersalários. Um contracheque é de R$ 85 mil, muito acima do limite máximo permitido por lei, de R$ 26,7 mil.

Também houve inserção de funcionários fantasmas, laranjas, salários aumentados criminosamente através de atos secretos, e até sonegação de impostos na folha de pagamento.

Escândalo bate na porta do DETRAN

As buscas e apreensões foram feitas em 12 endereços, um deles o gabinete do diretor-presidente do DETRAN (Departamento Estadual de Trânsito), Sérgio Duboc, cargo de confiança do governador tucano Simão Jatene, indicado pelo senador Mário Couto, a quem coube o “feudo” do DETRAN na partilha de cargos.

Duboc foi diretor financeiro da ALEPA quando Mário Couto (PSDB) e Domingos Juvenil (PMDB) foram presidentes da casa.

No gabinete da presidência do DETRAN, foram apreendidos quatro contratos da ALEPA com a Croc Tapiocas com a ALEPA, além de notas fiscais.

A Croc Tapiocas, remete à uma denúncia já conhecida anteriormente.

Tapiocão de 2,3 milhões

Entre 2005 e 2006, quando Mário Couto (PSDB) presidia a Assembléia, e a casa comprou R$ 2,3 milhões de material elétrico da firma J.C.Rodrigues de Souza, uma micro-empresa (CNPJ 02431246/0001-34). Nas investigações consta que essa empresa nunca vendeu peças, muito menos de material elétrico. Vendia farinha de mandioca e de tapioca. Daí, segundo a imprensa local, surgiu o apelido de “Senador Tapioca”.

Com escândalo transbordando da Assembléia para o entorno do governador tucano, sob pressão da bancada petista de oposição, Duboc pediu sua exoneração do cargo.

Contratos suspeitos de R$ 8 milhões na gestão de Mário Couto

Os documentos apreendidos revelam que o dinheiro público também era desviado por contratos com prestadores de serviço.

O promotor Nelson Medrado diz que servidores da ALEPA tinham ligações suspeitas com empresas forncedoras, em nome de parentes ou laranjas.

A ex-servidora Daura Irene Xavier Hage, que era responsável pelos processos de contratação de obras e serviço é suspeita de ter contratado serviços de pelo menos seis empresas ligadas a familiares seus.

Em dois anos (2005 e 2006, na gestão do ex-bicheiro e hoje senador Mário Couto como presidente da Alepa), essas empresas fecharam com a Assembleia Legislativa contratos que somaram R$ 8 milhões.

As seis empresas, que funcionavam em apenas dois endereços, pertenciam a pessoas com sobrenomes Hage. Vendiam de tudo para a AL. Em poder do MPE estão contratos para obras, material de expediente e até computadores. “Ainda não sabemos se os sócios eram filhas ou genros de Daura Hage, mas está claro que havia uma rede por causa da coincidência de nomes e endereços”, diz o promotor.

Notas fiscais apreendidas durante busca e apreensão no último dia 19 revelaram ainda que a maioria dos contratos fechados pelas empresas do grupo era em valores próximos a R$ 79 mil.

A suspeita é de que esse valor era usado como forma de fugir do processo de licitação do tipo tomada de preço, muito mais rigoroso. Compras e serviços até o valor de R$ 80 mil poderiam ser contratados pela modalidade carta-convite em que são analisadas propostas de três fornecedores.

“Já percebemos inúmeras irregularidades. Algumas das empresas contratadas não têm base física [prédios-sede], as notas fiscais não trazem o destaque do imposto recolhido e a venda de computadores, por exemplo, foi feita por firma que não estava inscrita [na Junta Comercial] para comercializar esse produto”, diz o promotor.

Operação “abafa” para atrapalhar quebra de sigilo bancário da ALEPA

A quebra do sigilo bancário já foi decretada por juiz, para dar acesso aos promotores aos extratos mensais das contas bancárias da ALEPA, além de dados referentes ao pagamento de pessoal desde janeiro de 1994.

Entre os documentos a serem repassados aos promotores estão também contra-cheques recebidos, ofícios, transferências, créditos em conta, entre outros que comprovem os pagamentos e permitam identificar a quem eles foram feitos.

O atual presidente da casa, o deputado tucano Manoel Pioneiro (PSDB), em vez de colocar à disposição as contas bancárias da Assembléia Legislativa, que movimenta dinheiro público, cujos gastos devem ser transparentes, luta para ocultá-las.

Diz que “defende a apuração”, mas reclamou da decisão judicial da quebra de sigilo, alegando haver “invasão” de outros poderes no Legislativo. Chegou a declarar:

– Acho estanho, porque eles (os promotores de Justiça) poderiam solicitar diretamente a nós as informações desejadas.

O promotor Nelson Medrado afirma que não há nenhuma afronta ao legislativo. Disse que, desde agosto de 2009, tenta obter acesso a estas informações diretamente, mas o então presidente da casa (Domingos Juvenil), se recusou a colaborar, manifestando, por ofício, que só atenderia com ordem judicial, alegando o direito constitucional ao sigilo bancário.

O promotor apenas cumpriu o ofício, e tomou as medidas cabíveis de praxe, e seguindo recomendação da Assembleia, conforme o ofício.

Ainda insatisfeito com a quebra do sigilo, o deputado Manoel Pioneiro (PSDB), convocou uma reunião de líderes para decidir a contestação. Ele defendeu que a quebra não poderia ter sido dada por um juiz de primeiro grau, como foi feita, mas apenas pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJE), devido às “prerrogativas” do Poder Legislativo.

Por trás da “chicana” de contestar a quebra de sigilo, pode existir mais do que a proteção aos companheiros de partido.

Manoel Pioneiro já era deputado no período dos acontecimentos, e votou a favor do “imoral e ilegal” Plano de Cargos e Salários na gestão passada. Ele foi o relator, na Comissão de Finanças, do projeto que criou quase 200 cargos comissionados, outro acinte aos cofres públicos.

Note que nem se trata da privacidade da conta bancária funcional dos deputados, nem de servidores. Essa briga é para ocultar a movimentação bancária da ALEPA, da pessoa jurídica, do órgão público. (Com informações do leitor Allan, do blog do Barata, e do Diário do Pará).

Governos do PSDB, Nepotismo, Simão Janete

Governador Simão Janete (PSDB/PA) põe irmão de aliado em seu gabinete

O governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), nomeou como assessor especial de seu gabinete o irmão do presidente da Assembleia local, o tucano Manoel Pioneiro.

O irmão, José Carlos Antunes, foi contratado há uma semana, em decreto publicado no “Diário Oficial”.

Ontem, a Folha noticiou que a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) paraense diz ter identificado ao menos seis casos de nepotismo cruzado entre o governo e desembargadores do Pará.

A Ordem pede que a Justiça Federal afaste imediatamente todos os funcionários comissionados (nomeados sem concurso) do Estado.

No dia 9 de de março, quando José Carlos Antunes passou a fazer parte do quadro funcional, outras 22 pessoas também foram nomeadas. De acordo com levantamento da OAB, já houve 442 nomeações de assessores especiais neste ano.

 

 

Paraná, Simão Janete

Governador Simão Janete (PSDB/PA) nomeia escravocrata como seu secretário

Por Altamiro Borges (Blog do Miro)

Eleito com o apoio ostensivo dos ruralistas do Pará, o governador Simão Jatene, do PSDB, nomeou como seu secretário de “projetos estratégicos” o fazendeiro Sidney Rosa. Desde 2006, corre na 2ª Vara de Justiça Federal do Maranhão processo contra ele por manter trabalhadores rurais em condições análogas à escravidão. Apesar das críticas, o grão-tucano insiste em mantê-lo no cargo, sinalizando qual será a sua política agrária no estado – recordista em conflitos rurais e assassinatos de trabalhadores.

Segundo o relatório do Ministério Trabalho e da Delegacia do Trabalho do Maranhão, 40 trabalhadores foram encontrados em “condições degradantes” e em “regime de escravidão” na fazenda Vitória, de propriedade de Sidney Rosa, no município de Carutapera, na fronteira com o Pará. Os trabalhadores não possuíam carteira assinada e viviam em “sistema de endividamento”, o que caracteriza trabalho escravo. Na época da fiscalização, em 2003, Sidney Rosa era prefeito de Paragominas.

Pressão da sociedade

Entidades ligadas à luta por direitos humanos exigem a imediata exoneração de Sidney Rosa. A pressão é liderada pela Comissão Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo e pela Frente Estadual pela Erradicação do Trabalho Escravo, das quais fazem parte o Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público do Trabalho (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Ordem dos Advogados do Brasil, Associação dos Magistrados Trabalhistas da 8ª Região, Organização Internacional do Trabalho, Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República, entre outras instituições.

A própria secretária de Direitos Humanos da Presidência da República, a ministra Maria do Rosário, assinou ofício ao governador, pedindo providências. As entidades lembram que em janeiro passado, por ocasião do Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo, Simão Jatene assinou a carta-compromisso de “adesão e comprometimento do governo do Estado por essa luta”.

Agora, elas exigem que o tucano cumpra a sua palavra, revogando nomeações de “qualquer pessoa envolvida com a prática do trabalho escravo” e que “prontamente exonere” o secretário. Será que o tucano vai comprar briga com sua base de apoio? É bom lembrar que Sidney Rosa foi eleito deputado pelo PSDB e se licenciou para assumir a Secretaria de Projetos Estratégicos.

Nepotismo, PSDB, Simão Janete

O governador Simão Janete (PSDB/PA) e seus 450 assessores

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Jatene contratou familiares de desembargadores para seu gabinete

 

Quando assumiu o governo do Pará, o governador Simão Jatene (PSDB) enviou mensagem à Assembleia Legislativa alertando para o rombo nas contas do Estado, anunciou o enxugamento da máquina e demitiu mais de mil assessores da gestão anterior. O que era para virar um exemplo de boa gestão, no entanto, ameaça tornar-se um escândalo. Em dois meses, a fim de acomodar interesses de diferentes setores, Jatene já deu posse a 450 novos assessores especiais, entre familiares de deputados aliados, de membros do Judiciário e de empresários amigos. O cúmulo do fisiologismo foi a entrega a Jatene de uma lista com a indicação de parentes de 12 desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado, que tem o poder de decidir sobre intervenção federal e pagamento de precatórios. A farra foi tanta que a OAB do Pará vai pedir ao Conselho Nacional de Justiça abertura de investigação sobre as nomeações do TJ. “Trata-se de um fato gravíssimo. Uma prática generalizada de nepotismo cruzado, uma troca de favores espúria”, afirma o presidente da OAB-PA, Jarbas Vasconcelos.

Até agora, a OAB já confirmou as nomeações de parentes de quatro juízes. É o caso, por exemplo, de Rosa de Fátima Queiroz das Neves, que vem a ser a mulher do desembargador Cláudio Augusto Montalvão Neves. Nomeada para o cargo de assessora do gabinete do governador, Rosa receberá salário de R$ 4 mil. Montalvão, por sua vez, já empregava no próprio gabinete a nora do governador, Luciana Lopes Labad Jatene. Na mesma linha, foram nomeadas as irmãs Karla Karime e Kamille Kelly Vasconcelos Guerreiro, filhas do desembargador Constantino Augusto Guerreiro, além de Lindalva Gonçalves de Araújo Nunes, ex-mulher do desembargador Rômulo José Ferreira Nunes, que foi presidente do TJ-PA.

Por nota, o governo do Pará deu uma explicação quase enigmática para justificar a nomeação de tantos parentes: “As relações de parentesco não são critério para a inclusão de profissionais na estrutura de governo, e a exceção dos casos de nepotismo, tampouco, para exclusão.” A bancada do PT na Assembleia Legislativa tem um projeto de lei para limitar a prática de nomeações, que começou em 1994 com o governo tucano de Almir Gabriel e seguiu anos a fio. Acontece que a própria Ana Júlia chegou a ter 1.500 assessores especiais, inclusive parentes de alguns desembargadores. Com telhado de vidro, será que a oposição terá interesse real em acabar com essa farra?

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Blog do Favre