Arnaldo Jabor, Dilma, Globo, Lula, Política Externa

Jornal britânico diz que Brasil é modelo de diplomacia. E agora, Globo?

O  Brasil “não apenas deve ter um assento permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas, como também é a melhor razão para uma reforma do órgão e para uma tentativa de tornar o sistema internacional mais representativo”. É o que diz um elogioso editorial publicado nesta segunda-feira (11/06), no qual o jornal britânico The Guardian sugere uma maior valorização da diplomacia de Brasília e destaca a ascensão econômica vivenciada pelo país ao longo dos últimos anos.
De acordo com a publicação, “já é tempo de o Ocidente incorporar o crescimento do Brasil de forma mais ativa e iniciar um comprometimento mais profundo” com o país. Isso porque, “embora seja líder da desigualdade social no mundo”, ele “também lidera a resolução desse problema” por meio de “famosos programas sociais que auxiliaram 20 milhões a deixar a pobreza e criar um novo mercado interno”.
Traçando uma linha cronológica para o processo de estabilização da economia brasileira, o artigo parte do governo de Fernando Henrique Cardoso e se estende até a atual gestão de Dilma Rousseff, que é classificada como uma “reformista pragmática”. De acordo com o The Guardian, em meio a esse fenômeno de aquecimento do mercado doméstico e elevação da renda per capita, houve ainda a importância do ex-presidente Lula, “a melhor reencarnação já vista de Franklin Roosevelt”, o líder norte-americano que superou o crash de 1929 graças à elevação de investimentos públicos e consequente fomento à atividade econômica.
Em meio aos preparativos para eventos de relevância global como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, ainda restaria para a presidente Dilma Rousseff “a transferência de sua popularidade e competência administrativa para o congresso”, de tal forma que o legislativo acompanhe o andar de seu governo. O principal desafio da atual presidente, segundo o The Guardian, ainda é “destravar a produtividade e estabelecer uma economia mais avançada”.
No campo das relações internacionais, “Brasília não apenas dobrou o número de seus diplomatas na última década como também redobrou sua ênfase na diplomacia como a única forma de “multipolaridade benigna”. Fenômeno esse que reflete “o luxo de uma região pacífica” e uma “longa tradição e experiência sobre as naturezas da soberania e da democratização”.
Nota do blog:
E agora? A Globo achincalha diariamente a política externa soberana do ex-presidente Lula e da presidenta Dilma, mas o mundo aplaude ambos. E agora, Globo? Vai fazer autocrítica?
Dilma, Globo, VEJA

O ataque de O Globo à blogosfera

Por Maurício Caleiro, no blog Cinema & Outras Artes:

Em editorial publicado hoje (08/05), O Globo, no afã de defender sua comparsa de denúncias e factoides, a revista Veja, sobe o tom dos ataques da mídia corporativa contra a blogosfera (veja reprodução comentada noblog da Maria Frô).

A peça, que vem com as digitais do “imortal” Merval Pereira, intitula-se “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”, e é nosso dever admitir que, ao menos no título, está certa. Com efeito, o megaempresário proprietário do jornal sensacionalista News of the World é acusado tão-somente de grampear meio mundo no Reino Unido, enquanto as acusações que pesam sobre a publicação de Civita são muito mais sérias – pois, como aponta Luis Nassif, “a parceria com Veja tornou Cachoeira o mais poderoso contraventor do Brasil moderno, com influência em todos os setores da vida pública”.


Quem te viu, quem te vê: O Globo, um jornal sempre tão sensível às denúncias de corrupção, agora que a casa cai descarta como insignificante o envolvimento de Veja com o maior contraventor de nossos dias…

Folha corrida

Em post Em histórico, Nassif, que tem o mérito indiscutível de ter revelado com grande antecedência o grau de perversidade das práticas de Veja – sofrendo retaliações judiciais e ataques a sua família -, elenca nada menos do que nove suspeitas “que necessitam de um inquérito policial para serem apuradas”,advindas das relações da publicação com Daniel Dantas e com Carlos Cachoeira. Há desde invasão de quarto de hotel até publicação de matéria falsa, passando por tentativa de manipulação da Justiça e negligência para informar o público como forma de beneficiar o esquema do bicheiro nos Correios.

Temos, portanto, uma vez mais, de concordar com o perspicaz editorialista: “Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé”.

Tática desqualificadora

O Globo – que ajudou a repercutir quase todas as denúncias deVeja contra o governo federal – abre o editorial cuspindo fogo: “Blogs e veículos de imprensa chapa branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT desfecharam uma campanha organizada contra a revista ‘Veja’”.

É a mesma lenga-lenga de sempre, tentar desautorizar a opinião divergente desqualificando-a como ideológica e partidariamente engajada (como se as do jornal não o fossem…). Pior: trata-se de uma dupla mentira. Primeiro, porque qualquer analista que se dedicar a examinar, com isenção, os blogs até agora citados neste post – o de Maria Frô, o de Nassif e este aqui -, além de vários outros, há de constatar a presença de diversos textos críticos em relação ao governo federal (sendo que cansei de ler acusações raivosas, por parte de governistas, a mim e a Frô devido a nossas ponderações).

Jornalismo partidário

A outra mentira é a afirmação de que se trata de uma “campanha organizada”. O que move a maioria absoluta da blogosfera não é uma inexistente palavra de ordem partidária, mas a genuína indignação pelo estado a que chegou o jornalismo brasileiro após uma década de ação irracional, não profissional, esta sim partidarizada (como a própria Judith Brito, executiva do Grupo Folha e sindicalista patronal, admitiu, com a insolência característica).

Uma ação, por um lado, descaradamente engajada na defesa do grande capital, do demotucanato e do mercado financeiro (como a reação ante o corte de juros promovido pelo governo federal ilustra de forma inconteste); por outro lado, hidrófoba no trato com tudo o que diga respeito a avanços sociais, democracia racial e o cumprimento, ainda que tímido, do programa das forças de centro-esquerda que venceram, de forma legítima, as eleições.

Inverdades a granel

Esperar que o editorialista de O Globo admitisse tais fatos seria o cúmulo da ingenuidade. Ao invés disso, ele prefere gastar parágrafos numa digressão sobre ética jornalística em que, citando até os “Prinípios Editoriais das Organizações Globo” – pausa para a gargalhada – faz uma tremenda ginástica verbal para fingir não apenas que os procedimentos de Veja não pertencem à esfera criminal, mas que são eticamente legítimos. Mais cara de pau impossível.

Por fim, o editorial recorre a mais uma inverdade, ao afirmar que “não houve desmentidos das reportagens de ‘Veja’ que irritaram alas do PT”, emendando com uma das poucas afirmações verdadeiras da peça: “Ao contrário, a maior parte delas resultou em atitudes firmes da presidente Dilma Roussef, que demitiu ministros e funcionários, no que ficou conhecido no início do governo como uma faxina ética.”

Dilma e a mídia

Neste ponto só nos resta lamentar, por um lado, que o editorialista de O Globo trate seus leitores como idiotas, ao negligenciar-lhes o fato óbvio de que houve um cálculo político – em que pesou o receio de que o bombardeio denuncista midiático pudesse afetar a governabilidade e o grau de aprovação da administração– a motivar a decisão de Dilma em relação à maioria das demissões.

Por outro lado – e provando inverídica, uma vez mais, a acusação de chapa-branquismo – é preciso reafirmar nossa posição contrária à maneira como Dilma Rousseff administrou suas relações com a mídia no primeiro ano de seu governo, cortejando-a e cedendo com tibieza às pressões advindas das denúncias e factoides, ao invés de reagir de forma condizente e fazer valer o poder do Executivo no sentido de pressionar por um jornalismo ético.

Crise de confiança

A blogosfera política é muito mais ampla e diversificada do que O Globo quer fazer crer – e ele poderia facilmente constatar tal fato se se propusesse a praticar jornalismo de verdade ao invés de se enlamear em tramas fantasiosas, denuncismo tendencioso e associações suspeitas.

O crescimento e o peso crescente da blogosfera e das redes sociais como fatores de contrainformação não pode ser explicado pela fórmula simplista do engajamento partidário. Tal sucesso advém, em larga medida, justamente da descrença no consórcio Abril-Rede Globo-Grupo Folha, descrença esta que tende a se difundir exponencialmente à medida que as reportagens da TV Record sobre a Veja atingirem um público exponencialmente maior.

Um editorial como o de O Globo de hoje só açula o descrédito e a desconfiança em relação ao jornalismo que o jornal pratica e que endossa.

Demóstenes Torres, Estadão, Folha de São Paulo, Globo, VEJA

A cortina de silêncio da mídia no caso Carlinhos Cachoeira

Luis Nassif

Nesses tempos de Internet, redes sociais, e-mails, uma das questões mais interessante é a tentativa de monitorar a notícia por parte de alguns grandes veículos de mídia.
Refiro-me à cortina de silêncio imposta pelos quatro grandes grupos de mídia – Folha, Estado, Abril e Globo – às revelações sobre as ligações perigosas do Grupo Abril – da revista Veja – com o bicheiro Carlinhos Cachoeira.
As provas estão em duas operações alentadas da Polícia Federal – a Las Vegas e a Monte Carlo. Até agora vazaram relatórios parciais da Monte Carlo, referentes apenas aos trechos em que aparece o senador Demóstenes Torres. Ainda não foram divulgados dois relatórios alentados – ainda sobre Demóstenes – nem as cerca de 200 gravações de conversas entre o diretor da Veja em Brasília e Cachoeira e seus asseclas.
O que foi revelado neste final de semana já se constitui nos mais graves indícios sobre irregularidades na mídia desde o envolvimento de outra revista semanal com bicheiros de Mato Grosso, anos atrás. E está sendo divulgado por portais na Internet, por blogs, por emissoras rivais do grupo, vazando pelas redes sociais, pelo Twitter, Facebook em uma escalada irreprimível.
Mostra, por exemplo, como Cachoeira utilizou a revista para chantagear o governador do Distrito Federal, visando receber atrasados acertados no governo José Roberto Arruda. Os diálogos são cristalinos. A organização criminosa ordena bater no governador até que ceda.
Outro episódio foi o das denúncias contra o diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte). Percebe-se que ele havia endurecido nos contratos com a Construtora Delta, parceira de Cachoeira. Nos diálogos, Cachoeira diz ter passado informações para Veja bater no dirigente para acabar com sua resistência.
Em 2005, Cachoeira foi preso. Seu reinado estava prestes a ruir. Sete anos depois, até ser preso pela Operação Monte Carlo, transformara-se em um dos mais influentes personagens da República, operando em praticamente todos os escalões.
Para tanto, foi fundamental sua capacidade de plantar escândalos na Veja e também sua parceria com Demóstenes Torres – erigido em mais influente senador da oposição por obra e graça da revista.
Dado o grau de intimidade da revista com o contraventor, há anos Roberto Civita sabia das ligações de Demóstenes com Cachoeira, assim como o uso irrestrito que Cachoeira fazia de suas ligações com a revista para achaques.
Nenhum poder ficou imune a essa aliança criminosa.
O STF (Supremo Tribunal Federal) se curvou ao terrorismo da revista, denunciando uma suposta “república do grampo” – quando, pelos relatórios da PF, fica-se sabendo que o verdadeiro porão do grampo estava na própria ligação da revista com contraventores.
O ápice desse terrorismo foi a provável armação da revista com Demóstenes, em torno do famoso “grampo sem áudio” – a armação da conversa gravada entre Demóstenes e o Ministro Gilmar Mendes (ambos amigos próximos) que ajudou a soterrar a Operação Satiagraha.
Outros poderes cederam à influência ou ao temor do alcance da revista.
O caso do Procurador Geral – 1
Nos diálogos, há conversas entre a quadrilha sugerindo bater no Procurador Geral da República Roberto Gurgel para ele não ameaçar seus integrantes. No senado, Demóstenes bateu duro. De repente, mudou de direção e ajudou na aprovação da recondução de Gurgel ao cargo de Procurador Geral. Coincidentemente, Gurgel não encaminhou ao STF pedido de quebra de sigilo de Demóstenes, apanhado nas redes da Operação Las Vegas.
O caso do Procurador Geral – 2
A assessoria do MPF atribuiu a relutância do Procurador ao fato de haver outra operação em andamento, a Monte Carlo. Não teria pedido a quebra de sigilo de Demóstenes, pela Las Vegas, para não prejudicar a Monte Carlo. Na verdade, a quebra de sigilo teria permitido à Monte Carlo avançar nas investigações. Agora se sabe que, nesse tempo todo, Demóstenes ficou livre para continuar nos achaques aos órgãos públicos.
A autorregulação da mídia – 1
Em fins dos anos 90, houve grandes abusos na mídia, com denúncias destruindo a vida de muitas pessoas, sem que o Poder Judiciário se mostrasse eficaz contra os abusos. Na época, havia a possibilidade de uma lei ser votada, assegurando direito de defesa aos atingidos. A própria grande mídia aventou a possibilidade da autorregulação, órgão similar ao Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária).
A autorregulação da mídia – 2
A maneira como se está restringindo o acesso da opinião pública aos dados sobre a Abril enfraquece bastante a tese. Pior, o populismo irrefreável do presidente do STF, Ministro Ayres Britto, influenciou para acabar com a Lei de Imprensa e, com ela, os procedimentos visando assegurar direito de resposta aos atingidos, deixando centenas de pessoas sem acesso à reparação. Tudo isso ajudou a ampliar os exageros.
A autorregulação da mídia – 3
Na Inglaterra, publicações de Rupert Murdoch se aliaram a setores da polícia para vazar informações sigilosas de inquérito e atentar contra o direito à privacidade de centenas de cidadãos ingleses. A constatação do Judiciário inglês foi o de que as ferramentas de autorregulação não foram suficientes para impedir abusos. Em vista disso, está sendo criada uma agência para garantir a defesa dos direitos dos cidadãos.
A autorregulação da mídia – 4
No caso da Abril, a aliança foi  com o próprio crime organizado. Hoje em dia há um fortalecimento da imprensa regional, da blogosfera, de portais de notícia, que ajudam a quebrar cortinas de silêncio. Isso tudo levará, dentro em breve, a uma discussão aprofundada sobre liberdade de opinião – um direito sagrado, uma das maiores conquistas democráticas – e as formas de impedir seu uso para atividades criminosas.
CPIs, Dilma, Folha de São Paulo, Globo, VEJA

Globo, Folha e VEJA ameaçam governo Dilma em caso de CPI da Mídia

Há exatamente uma semana, o executivo Fábio Barbosa, presidente do grupo Abril e ex-presidente da Febraban, foi a Brasília com uma missão: impedir a convocação do chefe Roberto Civita pela CPI sobre as atividades de Carlos Cachoeira (leia mais aqui). Jeitoso e muito querido em Brasília, Barbosa foi bem-sucedido, até agora. Dos mais de 170 requerimentos já apresentados, não constam o nome de Civita nem do jornalista Policarpo Júnior, ponto de ligação entre a revista Veja e o contraventor Carlos Cachoeira. O silêncio do PT em relação ao tema também impressiona.

grande mídia brasil veja globo

O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.

Surgem, aos poucos, novas informações sobre o engavetamento da chamada “CPI da Veja” ou “CPI da mídia”. João Roberto Marinho, da Globo, fez chegar ao Palácio do Planalto a mensagem de que o governo seria retaliado se fossem convocados jornalistas ou empresários de comunicação. Otávio Frias Filho, da Folha de S. Paulo, também aderiu ao pacto de não agressão. E este grupo já tem até um representante na CPI. Trata-se do deputado Miro Teixeira (PDT-RJ).

Na edição de hoje da Folha, há até uma nota emblemática na coluna Painel, da jornalista Vera Magalhães. Chama-se “Vacina” e diz o que segue abaixo:

“O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) vai argumentar na CPI, com base no artigo 207 do Código de Processo Penal, que é vedado o depoimento de testemunha que por ofício tenha de manter sigilo, como jornalistas. O PT tenta levar parte da mídia para o foco da investigação”.

O argumento de Miro Teixeira é o de que jornalistas não poderão ser forçados a quebrar o sigilo da fonte, uma garantia constitucional. Ocorre que este sigilo já foi quebrado pelas investigações da Polícia Federal, que revelaram mais de 200 ligações entre Policarpo Júnior e Carlos Cachoeira. Além disso, vários países discutem se o sigilo da fonte pode ser usado como biombo para a proteção de crimes, como a realização de grampos ilegais.

Inglaterra, um país livre

Pessoas que acompanham o caso de perto estão convencidas de que Civita e Policarpo só serão convocados se algum veículo da mídia tradicional decidir publicar detalhes do relacionamento entre Veja e Cachoeira. Avalia-se, nos grandes veículos, que a chamada blogosfera ainda não tem força suficiente para mover a opinião pública e pressionar os parlamentares. Talvez seja verdade, mas, dias atrás, a hashtag #vejabandida se tornou o assunto mais comentado do Twitter no mundo.

Um indício do pacto de não agressão diz respeito à forma como veículos tradicionais de comunicação noticiaram nesta manhã o depoimento de Rupert Murdoch, no parlamento inglês. Sim, Murdoch foi forçado a depor numa CPI na Inglaterra para se explicar sobre a prática de grampos ilegais publicados pelo jornal News of the World. Nenhum jornalista, nem mesmo funcionário de Murdoch, levantou argumentos de um possível cerceamento à liberdade de expressão. Afinal, como todos sabem, a Inglaterra é um país livre.

O Brasil se vê hoje diante de uma encruzilhada: ou opta pela liberdade ou se submete ao coronelismo midiático.

Corrupção, Globo, Goiás, Marconi Perillo

Globo divulga os locais, horários e fotos das manifestações contra a corrupção nos Estados. MENOS EM GOIÁS

A Globo tenta esconder a corrupção envolvendo o Marconi Perillo, Demóstenes Torres e Cachoeira. Na matéria que se encontra no site oglobo.com, aparecem fotos, os locais e os horários das marchas contra a corrupção, tanto nas capitais, como em outras cidades, mas por incrível que pareça, a Globo deixou de fora o Estado de Goiás. Por que será?

Abaixo partes da matéria, para vê-la por completo clique aqui:

No Rio, cerca de 50 manifestantes se reuniram na manhã deste sábado em frente ao posto 9, em Ipanema, também para cobrar dos ministros do STF celeridade no julgamento do mensalão. Quem passou pela praia foi convidado a assinar uma petição pública que será entregue ao ministro Ricardo Lewandowski no dia 25, quando integrantes dos grupos Transparência Brasil e Queremos Ética na Política têm audiência marcada com o ministro. Lewandowski é revisor do processo, que tem o Joaquim Barbosa como relator.

Ao contrário do que se imaginava, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e o contraventor Carlinhos Cachoeira não foram o centro da passeata conta a corrupção. Já o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), envolvido nas denúncias que desembocaram na CPI do Cacheira, figurou entre os gritos dos manifestantes.

– Homem de preto, qual é tua missão? Botar o Agnelo dentro do camburão- faziam coro.

Em São Paulo, cerca de 400 pessoas participaram da manifestação contra a corrupção. Organizada pelas redes socias por 15 coletivos, a marcha tinha como principal reivindicação o julgamento imediato do mensalão. Manifestantes formaram na pista da Avenida Paulista, em frente ao vão livre do Masp, a frase “SOS STF” (Supremo Tribunal Federal).

– Queremos que o resultado do julgamento do mensalão saia antes das eleições

Confira na lista abaixo os demais estados onde haverá manifestações:

Alagoas

Maceió: Praia da Jatiúca, no posto 7 – 16h

Amapá

Macapá: Assembléia Legislativa – 16h

Amazonas

Manaus: Concentração na Ponte do Bilhares – 15h

Bahia

Salvador: Farol da Barra ao Cristo – 15h

Ceará

Fortaleza: Concentração na Praça Portugal – 15h

Espírito Santo

Vitória: Praça do Papa – 16h

Maranhão

São Luis: Retorno da Cohama – 15h

Mato Grosso do Sul

Campo Grande: Praça da República – Radio Clube – 16h

Mato Grosso

Cuiabá: Praça Alencastro – 15h

Tangará da Serra: Praça dos Pioneiros – 16h

Minas gerais

Alfenas: Praça Getulio Vargas – 16h

Belo Horizonte: Praça da Liberdade – 16h

Caxambu: Praça 16 de Setembro – 16h

Itajubá: Praça Wenceslau Braz – 16h

Uberaba: Prefeitura Municipal – 16h

Uberlândia: Av. Rondon Pacheco (em frente ao Chopp Time) – 16h

Ipatinga: Praça dos Três Poderes – 16h

Santa Rita do Sapucaí: Praça Santa Rita – 16h

Pará

Santarém: Praça da Matriz em frente à Receita Federal – 16h

Paraíba

João Pessoa: Busto de Tamandaré – 16h

Paraná

Londrina: Concha Acústica – 16h

Pato Branco: Saída da Praça São Pedro – 16h

Piauí

Teresina: Praça da Liberdade – 15h

Recife

Pernambuco: Marco Zero – 15h

Rio Grande do Norte

Natal: Bom Preço da Roberto Freire – 16h

Rio Grande do Sul

Passo Fundo: Praça Marechal Floriano – 16h

Porto Alegre: Largo Glênio Peres – Mercado Público – 16h

São Leopoldo: Rua Lindolfo Collor 61 – 16h

Rondônia

Porto Velho: Estrada de Ferro – 16h

Sergipe

Aracaju: Mirante da 13 de julho – 16h

Santa Catarina

Araranguá: Praça Hercílio Luz – 16h

Blumenau: Praça do Biergarten – 16h

Brusque: Praça Barão de Schneeburg – 10h

Lages: Parque Jonas Ramos (Tanque) – 16h

Laguna: Monumento do Tratado de Tordesilhas – 16h

Joinville: Avenida Hermann Augusto Lepper – 980 – 15h

Florianópolis: Trapiche Beira Mar – 16h

São Paulo

Araraquara: Praça Santa Cruz -16h

Bebedouro: Praça José Stamato Sobrinho, 45 – 16h

Bertioga: Av. Anchieta (Rotatória próxima ao Supermercado Krill) – 16h

Bauru: Praça Vitória Régia – 14h

Botucatu: Praça da Igreja São José, em frente à AAB – 11h

Campinas: Largo do Rosário – 16h

Dracena: Praça Arthur Pagnozzi – 16h

Jaú: Rua: Major Prado – 16h

Jundiaí: Av. Nove de Julho – 15h

Lençóis Paulista: 10h (local a definir)

Lorena: Praça Cap.mor Manoel Pereira de Castro – 16h

Marília: Praça em frente à prefeitura – 16h

Osasco: Calcadão de Osasco – 16h

Piracicaba: Câmara de Vereadores – 16h

Presidente Prudente: Parque do Povo – 16h

Ribeirão Preto: Rua: Álvares Cabral, 370 – 16h

Santos: Praça da Independência – 15h

São Bernardo do Campo: Pc Samuel Sabatini, 50 – 16h

São Carlos: Av. São Carlos na praça do cemitério – 16h

São José do Rio Preto: Represa Municipal – Saída na Roda de Capoeira – 16h

São Paulo: MASP – 14h

São José dos Campos: Vicentina Aranha – 16h

Sorocaba: Praça Fernando Prestes – Catedral – 16h

Taubaté: Praça Santa Terezinha – 16h

Tocantins

Gurupi: Praça Santo Antonio em frente à Prefeitura – 16h

Palmas: Praia Da Graciosa Palmas – 16h

Viram? Não há notícias sobre a manifestação em Goiás. Para vocês não perderem o que aconteceu lá, vejam alguns vídeos postados no youtube:

Corrupção, CPIs, Demóstenes Torres, Globo, Políticos PT

Walter Pinheiro desmente a Globo: “Recuar é golpe. Por que não fizeram o título com isso?”

Entrevista de Walter Pinheiro de ontem desmente o Globo de hoje.

A que ponto chega a manipulação do jornal “O Globo” em espalhar falsos boatos para tentar impedir a CPI do Cachoeira.

O jornal de segunda-feira é impresso na noite de domingo (ou primeiras horas de segunda), logo se o jornalista  quiser colher declarações deveria entrevistar no domingo durante o dia, do contrário terá que inventar ou publicará matéria com declarações antigas, da semana passada.

No domingo o líder do PT no Senado, Walter Pinheiro, concedeu entrevista em Salvador (BA) a outro veículo de imprensa, o Bahia Notícias, onde confirmou e defendeu a necessidade de CPI do Cachoeira. Eis alguns trechos da entrevista:

O Senado vai ter que tocar, de um lado, a quebra de decoro de Demóstenes, que representará a perda de mandato. Mas, por outro lado, não pode transformar toda essa rede de negócios montada por Carlinhos Cachoeira e que envolveu gente do Legislativo, do Executivo, do Judiciário e da iniciativa privada em um fato no qual a cassação de mandato resolveria o problema. É importante que o Senado julgue o decoro, mas dê uma contribuição grande para que todas as coisas levantadas sejam apuradas

… o que é que nós estamos pedindo? Que os dados venham à tona, exatamente para evitar proteção, seja lá para quem for. É por isso que, quando nós pedimos inicialmente que os dados chegassem à Corregedoria e ao Conselho de Ética, era para a gente ter os dados e não ficar conhecendo em dose homeopática pela imprensa, entendeu? Como o Supremo Tribunal Federal informou ao Senado que não enviaria os dados, a não ser que tivesse uma CPI, então está aí a CPI.

No mesmo domingo, às 19hs, o presidente da Câmara Marco Maia, outro petista publicou em seu site o artigo “Por que a Veja é contra a CPMI do Cachoeira?”, não deixando qualquer dúvida quanto ao apoio à CPI.

Mesmo com tudo o que aconteceu na semana passada e isso aí acima que aconteceu no domingo, na edição de segunda-feira do jornal O Globo sai essa falsa notícia:

Durante o dia da segunda-feira, novos desmentidos. O líder do PT na Câmara, deputado Jilmar Tatto (SP) desmentiu qualquer recuo, assim como o senador Walter Pinheiro também declarou que a CPI não tem volta.
Quem tem medo da CPI?
Corrupção, Globo, José Serra, PV, Rio Grande do Norte, São Paulo

José Serra (PSDB) e Micarla (PV) envolvidos com empresa corruptora denunciada pelo Fantástico

Do Blog Amigos do presidente Lula

O programa Fantástico da TV Globo (de 18/3/2012), montou uma reportagem onde um repórter se passava por gestor de compras do hospital de pediatria da Universidade Federal do Rio de Janeiro (com autorização do hospital), e emitiu cartas-convite para contratação de serviços a algumas empresas.

O repórter gravou reuniões com representantes das empresas onde eles combinam resultados de licitações superfaturadas, pagando propina sobre os contratos……

O Fantástico não falou, mas as empresas foram escolhidas a dedo pela produção por já estarem envolvidas em escândalos de corrupção anteriormente (o que não invalida a reportagem).

Cortina de fumaça… que deu errado……

A denúncia montada atende ao interesse público e é válida a iniciativa do programa em desmascarar empresas corruptas, só cabe estranhar a TV Globo levar ao ar essa matéria sobre corrupção que não se consuma (pois era uma encenação), e não noticiar os casos de corrupção consumados da semana, como as relações do “professor”-bicheiro Carlinhos Cachoeira com o senador Demóstenes Torres (DEM/GO) e com o governo de Marconi Perillo (PSDB/GO)…..

Parece até cortina de fumaça para encobrir o escândalo Carlinhos Cachoeira. A suspeita se reforça quando o Jornal Nacional reeditou a notícia na segunda-feira, acrescentando a informação de que a oposição ao governo federal fala em pedir uma CPI da saúde para investigar.
O problema é que a fumaça vai toda em direção a José Serra.
Outro esquema Sanguessuga?
A base governista deve assinar em peso essa CPI, pois será mais um capítulo da Privataria Tucana, misturado com sanguessuga 2.

E a primeira convocação deve começar pelas raízes do esquema, convocando José Serra (PSDB/SP) para explicar os contratos assinados entre o Ministério da Saúde (quando Serra era ministro), e a empresa Toesa Service Ltda. (uma das denunciadas pelo Fantástico), para oferecer serviços de ambulância terceirizados aos hospitais federais no Rio de Janeiro.

Eis alguns contratos firmados pela TOESA com o Ministério da Saúde, durante a gestão de José Serra:
Diário Oficial da União de 10/09/1999
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=19&data=10/09/1999
Diário Oficial da União de 13/12/1999
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=3&pagina=41&data=13/12/1999
Os contratos acima são apenas uma amostra. Num levantamento completo aparecem bem mais contratos.
A pergunta que não quer calar é: as negociações desses contratos quando Serra era ministro foram daquele jeito que o Fantástico mostrou?
Quando Serra assumiu a prefeitura de São Paulo, a Toesa foi atrás
Bastou José Serra ocupar a prefeitura de São Paulo em 2005, para a Toesa Service inaugurar filial em São Paulo, atendendo “já de início a Prefeitura” (nas palavras da própria empresa):
http://www.toesa.com.br/quem-somos.html
E continuou contratada pela prefeitura na gestão de Gilberto Kassab:
Ministério Público investiga empresa no mensalão do DEM
Depois de atender José Serra, a Toesa também abriu filial no Distrito Federal para atender o ex-governador José Roberto Arruda (ex-DEM) e de seu então secretário de saúde Augusto Carvalho (PPS). Estava envolvida no esquema do mensalão do DEM. Arruda e Carvalho gastaram por mês com a Toesa (sem licitação) mais do que gastaram com o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, apoiado pelo Ministério da Saúde) no ano todo de 2009.
http://www.jusbrasil.com.br/diarios/6731240/dodf-secao-03-13-11-2009-pg-73/pdfView