Pará

Senador Mario Couto (PSDB) acusado de xingar mulher de ‘preta’, ‘safada’, ‘macaca’…

No dia 13 de agosto último, o senador Mário Couto (PSDB-PA) e seus cabos eleitorais faziam campanha pelas ruas da cidade de Salinópolis (PA) assediando moradores para pregar cartazes do candidato a prefeito demotucano Di Gomes (PSDB) em suas casas.

Edisane Oliveira, 34 anos, não permitiu a colagem de cartazes no muro de sua casa. Isso irritou o tucano, conhecido pelo temperamento explosivo, que bateu boca com Edisane e, segundo depoimento dela na polícia:

– o senador tucano a xingou de “preta”, “safada”, “macaca”, “vagabunda”, e outros palavrões;

– ela disse que revidou com outras agressões verbais;

– o tucano mandou prendê-la, alegando ter sido “desrespeitado como senador da República”;

– os fatos ocorreram diante de várias testemunhas;

Foi então levada à delegacia, prestou depoimento, e depois foi liberada. Inconformada e ofendida com os xingamentos, Edisane, no mesmo dia, resolveu processar o senador tucano por racismo.

O promotor de Justiça de Salinópolis, Mauro Mendes de Almeida, remeteu o inquérito policial para o Supremo Tribunal Federal (STF), já que o senador tem foro privilegiado, e quem decide se abre ou não processo é o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a quem a queixa crime será remetida pelo STF.

A mão pesada da injustiça a favor do poderoso senador tucano, correligionário do governador do estado Simão Jatene (PSDB), voltou a se fazer presente 11 dias depois da cidadã dar queixa por racismo.

No dia 24, fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Estado Pará (Adepará) e da Delegacia de Polícia do Meio Ambiente fecharam um pequeno açougue de propriedade de Ivanildo de Lima Correa, companheiro da denunciante. Ele foi preso em flagrante sob a acusação de manter 42 quilos de carne e frango “impróprios para consumo”, acondicionados em um freezer.

“Até hoje não entendi porque fui preso. Em julho, a vigilância sanitária esteve no meu estabelecimento, que é legalizado, viu a carne e o frango estocados do mesmo freezer e nada viu de ilegal. Agora, entraram lá e jogaram creolina em cima dos alimentos e depois levaram para incinerar. Estou me sentindo perseguido, pressionado até o pescoço”, queixou-se Correa, por telefone, ao [jornal] Estado.

Ele ficou na cadeia durante oito dias, sem dinheiro para pagar a fiança, arbitrada pela polícia em 30 salários mínimos.

Só foi solto, após um acordo com o senador tucano para reduzir o valor a um salário, pago pelo próprio Couto.

“Eu quero saber como isso vai ficar, O senador pagou, mandou me soltar e até me deu um advogado”, declarou o açougueiro.

Por telefone, o senador contou ao Grupo Estado uma outra versão, afirmando que foi ofendido por Edisane Oliveira e que um cabo eleitoral que estava na carreata foi agredido por ela com palavras racistas, chamado de “preto”, “macaco” e “ladrão”. Ele negou ter mandado prender a mulher e que dias depois foi procurado por ela, que queria se desculpar pelo que tinha acontecido. “A questão é política, ela apoia o atual prefeito e eu, outro candidato”, disse Couto, que também rebate e acusação de ter mandado prender o açougueiro e os alimentos que ele vendia em seu estabelecimento. “Foi a Adepará que foi lá e viu carne estragada que ele vendia. Estava tudo podre”, acrescentou, garantindo que nada tem a ver com o fato de a polícia prender Correa em flagrante.

Ao ser informado de que a promotoria de Salinópolis havia encaminhado o inquérito para o STF e que caberá ao procurador-geral da República decidir se irá processá-lo, o senador foi irônico: “que bom, estou morrendo de medo por causa disso”. (Com informações da Agência Estado)

Aécio Neves, Corrupção, CPIs, Políticos do PSDB

CPI do Cachoeira avança, embora mídia e PSDB sejam contra

Leandro Fortes:
Não é a toa que há um esforço tremendo na mídia para passar a impressão de que a CPI do Cachoeira está fazendo água, com o perdão do trocadilho. Por toda parte, se lê e se ouve, quase sempre com base em declarações de políticos tucanos, que a CPI não vai dar em nada. Os senadores Álvaro Dias (PR) e Mário Couto (PA), ambos do PSDB, estão se especializando nisso. Couto chegou a dar um chilique e abandonar a comissão, como se alguém fosse sentir falta de sua presença histriônica. Pela Câmara, o trabalho de desmoralização da CPI é conduzido pelo deputado Carlos Sampaio, do PSDB de São Paulo.

Todos repetem, sempre que podem, que a CPI acabou. Na verdade, uma declaração que nada tem a ver com fatos, mas com desejos e urgências. O principal deles, abafar a subordinação do governador de Goiás, Marconi Perillo, ao esquema criminoso.

Enquanto os tucanos se revezam para dar declarações desse tipo a uma mídia também ansiosa pelo fim da CPI, um grupo liderado pelo relator Odair Cunha (PT-MG) trabalha diligentemente para ler, ouvir e relatar todo o material bruto das operações Monte Carlo e Vegas, da PF. Assim, vão se tornando cada vez mais nítidas as ligações da quadrilha de Carlinhos Cachoeira com políticos e jornalistas, esboço de um conluio que, quando vier a público, irá desmistificar boa parte do discurso udenista da oposição, sem falar na desconstrução de certa escola de jornalismo investigativo de araque.”

Corrupção, Legislativo, Políticos do PSDB

O Senador bicheiro Mauro Couto (PSDB/PA), acusado de desviar milhões da ALEPA, chama Carlos Lupi de safado

O senador Mário Couto(PSDB-PA), aquele mesmo acusado de roubar milhões da Assembleia Legislativa do Pará, aquele mesmo que o senador Humberto Costa(PT-PE), psiquiatra por formação, o chamou de débil mental, saiu-se hoje com essa em pronunciamento no Senado Federal: “Agora eu quero ver! Demita esse safado hoje, presidenta Dilma!”.

Só sendo brincadeira. O todo sujo falando de um mal lavado. Esses tucanos pensam que o povo é idiota. O cara acusado de roubar milhões de reais do povo do Pará chamando um ministro, que teve um assessor supostamente envolvido em desvio de recursos públicos,  de safado. E perceba que o ministro nem sequer faz parte da denúncia de corrupção, quem é acusado é gente ligado ao PDT.

O TERROR DO NORDESTE

Pará, Políticos do PSDB

De bicheiro a senador: passado ‘obscuro’ de Mário Couto põe ‘em xeque’ legitimidade do discurso anti-corrupção

Senador Mário Couto (PSDB/PA)

O senador Mário Couto (PSDB do Pará) tenta, mais uma vez, instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para apurar supostas irregularidades no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT). Nos bastidores, a insistência do senador é vista como uma demonstração clara de perseguição ao diretor-geral do órgão, Luiz Antônio Pagot – já que ele próprio {Mário} é dono de um “obscuro histórico” em sua vida pública e privada, portanto sem legitimidade para cobrar lisura de terceiros.

Conhecido em seu Estado como “senador tapioca” e auto-intitulado paladino da moralidade, não conseguiu, sequer, explicar como seu nome foi citado em um crime de latrocínio (roubo seguido de morte), num assalto à agência do Banco do Brasil de Capanema, no Pará, em 1988. Durante a ação, a quadrilha do assaltante Raimundo Augusto Pereira, o “Cobra”, matou a tiros Francisca de Assis Pinheiro, (Processo 20020161891-Tribunal de Justiça / PA).

Segundo a história paraense, a arma usada no latrocínio, uma potente metralhadora, foi roubada de dentro de um Opala – o carro de luxo da época -, de propriedade do então bicheiro Mário Couto. Mas atualmente como homem público, o senador tenta vender a imagem de pessoa de luta, mesmo com um enorme rastro de acontecimentos suspeitos, principalmente na época em que foi deputado estadual e presidente da Assembléia Legislativa do Pará (AL).

Como presidente da AL, Couto comprou R$ 2,3 milhões de material elétrico da firma J.C.Rodrigues de Souza, uma micro-empresa (CNPJ 02431246/0001-34), entre os anos de 2005/2006. Entretanto, nas investigações consta que essa empresa nunca vendeu peças, principalmente de material elétrico. A J.C. Rodrigues vendia mesmo era farinha de mandioca e farinha de tapioca, uma das comidas típicas do Pará. Daí, segundo a imprensa local, surgiu o apelido de “Senador Tapioca”.

Não bastasse isso, o suposto empresário Antonio Carlos Fontelles de Lima, então presidente do Instituto de Previdência de Servidores da Assembleia Legislativa do Pará (Ipasep) na época em que Mário Couto era presidente da Casa, fez uma negócio milionário com o Centro de Diagnóstico Brasileu S/A Neves Ltda., do qual o próprio Fontinelles também era proprietário.

Foram negociados mais de R$ 15 milhões de dinheiro público, que rendeu um processo e uma prisão preventiva cumprida pela Polícia Federal dentro da “Operação Caronte” contra Fontelles, em 15 de abril de 2006. Nas investigações, ficou comprovado que o presidente do Instituto foi um dos principais doadores da campanha milionária de Mário Couto ao Senado, em 2006.

Aos 69 anos, Mário Couto — que nasceu na Vila Salvaterra, no município de Soure (Ilha do Marajó), em 14 de janeiro de 1940 — também já foi chefe regional do então Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNER). Com o histórico na vida pública, tente negar sua participação como “Capo” do Jogo do Bicho no Pará, embora as evidências contra ele sejam muito fortes. E até hoje ainda há indícios de que ele continua na contravenção.

Consta que o parlamentar deixou de ser bicheiro em 26 de novembro de 1987, quando vendeu a Banca Arco-íris da Sorte para Raimundo Guimarães dos Santos. O comentário, não confirmado, é que o comprador é o mesmo “Capitão Guimarães”, um dos mais poderosos chefões do jogo do bicho do Rio de Janeiro e um dos mais conhecidos contraventores do país. Documentos comprovam essa transação.

O então contraventor Mário Couto também se envolveu em uma “briga de gigantes” com o bicheiro Bosco Moisés, dono da Banca JB, uma das mais antigas e tradicionais do Pará, hoje prefeito da cidade de Pirabas. Esse mesmo embate envolvia uma disputa por pontos de jogo pela liderança das Escolas de Samba “Rancho Não Posso Me Amofina”, com sede no bairro do Jurunas, e “Arco-íris”, com sede no bairro do Guamá. Na briga, surgiu a criação de mais uma banca de Mário Couto, “A Favorita”, com reduto de atuação na Rua Castelo Branco, também no bairro do Guamá.

Por causa desse histórico, Couto não é visto – nos corredores do Congresso Nacional – como a pessoa mais indicada para chamar ninguém de ladrão, como o fez quando pediu a cabeça de Pagot ao propor a criação da CPI. Ao se expor nessa “perseguição”, o senador Tapioca pode estar correndo o risco de “inverter o feitiço” e passar a ser investigado para explicar envolvimento em tantos escândalos.

por Matinta Pereira / Especial para VG Notícias