Aeroportos, FHC

FHC já tirou os sapatos em aeroporto dos EUA

Relembrando outro tucano que já tirou os Sapatos:

Em 31 de janeiro de 2002, Celso Lafer, ministro de Estado das Relações Exteriores do Brasil (do desgoverno FHC), sujeitou-se a tirar os sapatos e ficar descalço, a fim de ser revistado por seguranças do aeroporto, ao desembarcar em Miami. Esse infortúnio, ele novamente aceitou, antes de tomar o avião para Washington, e mais uma vez desrespeitou a si próprio e desonrou não apenas o cargo de ministro de Estado, como também o governo ao qual servia. E, ao desembarcar em Nova York, voltou a tirar os sapatos, submetendo-se, pela terceira vez, ao mesmo tratamento, humilhante, dispensado a um dignatário estrangeiro.

Ao ler a revista Piauí, edição 11 de agosto de 2007, vi que os tucanos gostam realmente de se humilhar e de constranger o povo brasileiro. O Fernando Henrique Cardoso, ao viajar pelos EUA, também foi obrigado a retirar os sapatos. Assim como o Celso Lafer, se defendeu dizendo que não achava nada demais retirar os sapatos. Vejam:

Descobrindo que o vôo seria operado pela Delta Airlines, cruzou o saguão até o balcão da companhia. Não havia filas. Entregou o passaporte e a passagem e pôs a mala na balança: 28 quilos, oito a mais do que lhe dava direito a classe econômica. Vem a conta: 50 dólares. “Expensive, no?” Abre a carteira. Na esperança de um desconto, tenta passar uma conversa: “Estou aqui há um mês, sou professor, são meus livros…” Nada. Paga resmungando e, a pedido da funcionária, arrasta a mala até a esteira dos raios X. Na fila da segurança, tira os sapatos, põe o casaco na bandeja, os sapatos, a pasta. “Não, não tenho laptop”, responde ao agente. Passou pelo detector de metais, recuperou os sapatos, sentou-se para calçá-los. Não há porte presidencial que resista.

“Eu podia pedir o acompanhamento do Secret Service” – privilégio pessoal, não necessariamente extensivo a todos os ex-chefes de Estado -, “o que evita essas filas, isso de tirar o sapato, mas aí os americanos sabem que estou aqui e vira uma chatice. Sou obrigado a ir a recepção, a jantar. Prefiro sozinho. Além do mais, não acho que minha honra ou a do Brasil caiam por terra abaixo quando tiro os sapatos…”

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Aeroportos, FHC

Problema aéreo é aquilo que FHC quer esquecer: o povo

No tempo em que o tucanato imperava no país, uma piada dizia que o Brasil tinha duas saídas: o Galeão e Cumbica.

É por aí que agente começa a entender porque o PSDB e a mídia  – que como diz sua líder Judith Brito, executiva da Folha e presidente da Associação Nacional de Jornais, no es lo mismo pero es igual – andam com suas baterias voltadas para a situação dos aeroporto e sua preparação para a Copa do Mundo. Ao ponto de, está semana, numa “coincidencia” nada casual os comerciais dos tucanos na televisão e as manchetes da jornalada puxarem pelo mesmo tema.

Que os aeroportos brasileiros, como de resto toda a infraestrutura deste país terem acumulado um atraso enorme ao longo de muitos anos não é novidade para ninguém.

Mas a razão maior para os problemas aeroportuários é outra, que nada tem a ver com nenhum tipo de má administração pública.

Tem, sim, relação com o crescimento da atividade econômica e a elevação do poder de compra da população, que fizeram o avião deixar de ser um transporte de elite e tornar-se um meio de transporte acessível até mesmo a classe média baixa.

Vamos aos números. Em 2003, primeiro ano do Governo Lula, passaram pelos aeroportos brasileiros, entre vôos nacionais e internacionais, 71,2 milhões de passageiros. Oito anos depois, em 2010, o número de passageiros aumentou para 155 milhões.

Ou seja, mais de o dobro de viajantes.

Foi por isso que o ex-presidente Lula, ao voltar a usar os võos comerciais, disse:

– Vocês não sabem o prazer que eu sinto em ver pobre andando de avião. Eu sei que tem gente que reclama, diz que pobre tem que andar de ônibus […]. Eles [os pobres] não sabem nem como sentar, não sabem nem qual botão apertar, mas estão lá.

O estudo do Ipea não diz que dez dos 13 aeroportos não terão condições de desempenhar suas funções até a Copa de 2014 por falta de investimentos.

Ao contrário, ressalta que “visando a Copa que será realizada no Brasil, o governo federal assegurou à Infraero a disponibilidade de recursos para investir R$ 5,6 bilhões em 13 aeroportos de 2011 a 2014. Isso representa R$ 1,4 bilhão ao ano, um valor bem maior que a média investida em 2003/2010 (R$ 430,3 milhões) e em 2010 (R$ 645,6 milhões).”

O problema apontado é, essencialmente, nos prazos de liberação das licenças de obra e dos atrasos sofridos na execução dos projetos. E é, sim, necessário criar mecanismos e prazos especiais para que – sem prejuízo da regularidade dos projetos – as obras sejam concluídas a tempo. Por exemplo, os prazos  para o Tribunal de Contas da União para apreciar e fazer suas considerações a respeito do custo dos projetos não têm definição e precisam ter, sob pena de impedirem a contratação a tempo das obras.

Agora, convenhamos que, embora só há dois dias FHC tenha dito ao PSDB para esquecer o povão e focar na classe média, o marqueteiro tucano que preparou as inserções do partido e escolheu os aeroportos como tema já tinha adotado a tese, lá isso é.

Porque, como mostram os números, o problema dos aeroportos é que o povão – e a classe média baixa é povão – passou a andar de avião.

Tijolaço