Gilberto Kassab, São Paulo, VEJA

Antes de ganhar capa da Veja, Kassab investe R$ 1,2 milhão no Grupo Abril

 

Rede Brasil Atual

Uma semana antes de ser personagem de capa da edição de São Paulo da revista Veja, a Vejinha, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, investiu R$ 493 mil dos cofres da administração municipal na compra de uma publicação do Grupo Abril, o mesmo de Veja. Segundo revelou o blogue de Luis Nassif, a aquisição de assinaturas da Nova Escola diretamente da Fundação Victor Civita foi publicada em 20 de setembro no Diário Oficial do Município.

Menos de dez dias depois, Kassab teve o corpo estampado em capa da Vejinha que questionava: “Será que estamos sendo justos com ele?”. Em reportagem, a revista questionava se os altos índices de rejeição do prefeito, que encerra mandato em dezembro, correspondem aos resultados da atual gestão, que, no entender do Grupo Abril, são positivos.

A compra liberada em 20 de setembro não foi a primeira. A consulta ao Diário Oficial do Município mostra que ao todoum contrato firmado por meio da Secretaria Municipal de Educação prevê destinar R$ 1.233.540 este ano à Fundação Victor Civita, meta que já foi atingida. Em 14 de julho a publicação oficial registrou a estimativa de que outros R$ 740.124 fossem destinados à entidade do Grupo Abril.

Nova Escola é uma publicação querida de governos em geral. Em 2009, a organização não governamental Ação Educativa chamou atenção para um contrato firmado sem licitação pela Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) para a compra de 220 mil assinaturas no valor de R$ 3,7 milhões. A FDE, que pertence ao governo estadual paulista, é agora investigada pelo Ministério Público sobre a possibilidade de compra fraudulenta de mochilas que foram distribuídas aos alunos da rede pública.

DEM, Gilmar Mendes, Lula, PPS, PSDB, PSOL, VEJA

Derrota do bloco PSDB/PSOL/PPS/DEM/PIG: Procuradoria arquiva investigação sobre caso Lula x Gilmar Mendes

 

A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu o arquivamento da investigação criminal sobre a suposta tentativa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva de pressionar o ministro Gilmar Mendes para postergar o julgamento do mensalão no STF (Supremo Tribunal Federal).

A apuração foi aberta em maio a pedido de parlamentares da oposição, sob o argumento de que Lula tinha cometido os crimes

de coação no curso do processo, tráfico de influência e corrupção ativa.

Eles se basearam em reportagem da revista “Veja”. Segundo a publicação, Lula ofereceu, em troca da ajuda para atrasar o julgamento, blindagem política para o ministro do STF na CPI do Cachoeira –o nome do magistrado chegou a ser citado em gravações feitas pela Polícia Federal durante investigações que basearam a abertura da comissão de inquérito. Mendes nega qualquer envolvimento com o grupo do empresário Carlinhos Cachoeira.
Lula, diferentemente do ministro, repudiou o teor da reportagem da “Veja” e, em nota à época, se disse indignado com a suspeita.

Após abrir a investigação, o Ministério Público fez dois pedidos de informação a Mendes, mas nenhum foi respondido. Por isso, foram analisadas entrevistas dadas por ele à imprensa sobre o caso. Mas a partir delas o “Ministério Público não detectou um pedido específico de Lula no sentido de ver adiado o julgamento do ‘mensalão'”, segundo a assessoria da Procuradoria. Ouvido, Nelson Jobim, ex-membro do STF e ex-ministro da Defesa, confirmou que testemunhou a conversa entre Lula e Mendes citada pela “Veja”, mas, como já havia feito antes, negou que tenha ocorrido a suposta oferta do ex-presidente.

 

VEJA

VEJA inova: criou a entrevista sem entrevistado

 

SÃO PAULO — O advogado do empresário Marcos Valério, o criminalista Marcelo Leonardo, disse neste sábado que seu cliente não deu entrevista à revista Veja e negou as declarações atribuídas a ele, acusando o ex-presidente Lula de ser o chefe do mensalão.

— Desde 2005 Marcos Valério não dá entrevistas e não deu nenhuma entrevista para a revista Veja agora. Ele nega o teor das declarações atribuídas

 a ele — disse Leonardo, por telefone, ao GLOBO.
O advogado José Luís Oliveira Lima, que representa o ex-ministro José Dirceu, criticou a reportagem, com declarações de Valério, supostamente reveladas por pessoas próximas.
— Acho muito estranho que na véspera de iniciar o julgamento contra o meu cliente, e também na véspera do primeiro turno (das eleições), a revista venha com uma matéria desprovida de fatos concretos, de provas e documentos — afirmou o advogado, que minimizou a hipótese de o artigo influenciar no julgamento. — Fico tranquilo quando lembro que meu cliente está sendo julgado pelo STF, composto pelos magistrados mais experientes do país, portanto vacinados para qualquer tipo de pressão.
Em entrevista à rádio CBN, o ministro Marco Aurélio Mello, que participa do julgamento do mensalão, também minimizou a possibilidade de interferência:
— A reportagem não vai interferir no julgamento. A esta altura, nós temos os acusados já definidos. Nesse processo, não se volta para uma fase ultrapassada. De qualquer forma, o Judiciário só atua mediante provocação do Ministério Público.

http://oglobo.globo.com/pais/advogado-diz-que-valerio-nao-deu-entrevista-nega-declaracoes-publicadas-em-revista-6107825

VEJA

O Control C + Control Veja

Por Cynara Menezes, na Carta Capital

Confira neste link os fac-símiles do suposto “documento” que a revista apresenta com “exclusividade” e compare com os outros links no decorrer deste texto.

Segundo a revista, os trechos que exibe fariam parte de um “documento preparado por petistas para guiar as ações dos companheiros que integram a CPI do Cachoeira”. Mas são na realidade pedaços copiados e colados diretamente (o manjado recurso Ctrl C+ Ctrl V dos computadores) de reportagens de terceiros, sem mudar nem uma vírgula. O primeiro deles: “Uma ala poderosa da Polícia Federal, com diversos simpatizantes nos meios de comunicação, não engole há muito tempo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal” saiu de uma reportagem de 6 de abril do site Brasil 247, um dos portais de notícia, aliás, que os colunistas online de Veja vivem atacando com o apelido de “171″ (número do estelionato no código civil). Mas quem é que está praticando estelionato com os leitores, no caso? Veja o link do 247.

Outro trecho do “documento exclusivo” de Veja é um “copiar e colar” da coluna painel da Folha de S.Paulo do dia 14 de abril: “Gurgel optou por engavetar temporariamente o caso. Membros do próprio Ministério Público contestam essa decisão em privado. Acham que, com as informações em mãos, o procurador-geral tinha de arquivar, denunciar citados sem foro privilegiado ou pedir abertura de inquérito no STF”. Link (para assinantes).

Mais um trecho do trabalho de jornalismo “investigativo” com que a Veja brinda seus leitores esta semana: “Em uma conversa entre o senador Demóstenes Torres e o contraventor Carlinhos Cachoeira, gravada pela Polícia Federal (…)”, é o lead de uma reportagem do jornal O Estado de S.Paulo do dia 28 de abril. Link do Estadão: 

Pelo visto, os espiões da central Cachoeira de arapongagem, que grampeavam pessoas clandestinamente para fornecer “furos” à Veja, estão fazendo falta à semanal da editora Abril…

A - Minhas Postagens, Gilmar Mendes, Lula, VEJA

Como a mídia age em conlúio para sustentar os factóides da revista VEJA

Por Flavio Lomeu (@Porra_Serra_):

Em sua nova edição (lançada no dia 26 de maio), a revista VEJA continua sua saga denuncista. Mas desta vez, a fonte não é o bicheiro Carlos Cachoeira, e sim o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes (mais conhecido como Gilmar “Dantas Mentes). Segundo a revista, o ex-presidente Luiz Inácio “Lula” da Silva teria se encontrado com o Gilmar Mendes, no escritório do ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, para chantageá-lo. Lula teria oferecido ao Gilmar blindagem na CPMI do Cachoeira, em troca ele teria que adiar o julgamento do mensalão para depois das eleições municipais deste ano.

Como é de costume, a Globo, Folha e Estadão começaram a reproduzir a matéria, em suas respectivas páginas na internet. Algumas horas depois do lançamento da revista, os “blogueiros sujos” começaram a apontar as incoerências e a desmentir o conteúdo da denúncia. Alguns blogueiros, que estavam no 3º Encontro dos Blogueiros Progressistas, comentaram o assunto: “primeiro, Lula conhece melhor do que ninguém esses dois ministros (…) nomeados por Fernando Henrique. Sabe o que lhes cai na alma. Por exemplo, que ‘Johnbim’ não tem segredos para o Cerra. Lula teria que ser muito ingênuo para “chantagear” um dos personagens do grampo sem áudio (…)”, lembrou Paulo Henrique Amorim.

No mesmo dia, Nelson Jobim foi entrevistado pelo jornal Zero Hora. Perguntado se a denúncia de Gilmar era verdadeira, Jobim foi taxativo: “Não. Não houve nenhuma conversa nesse sentido. Eu estava junto, foi no meu escritório, e não houve nenhum diálogo nesse sentido.” Sobre a possibilidade de Gilmar e Lula terem ficado sozinhos, Jobim também negou.

O Instituto Lula divulgou uma nota sobre o caso. Nela, Lula confirma que a “reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica” e acrescenta estar indignado com a reportagem.

Veja o que o jornalista Bob Fernandes comentou sobre o caso:

Assassinato de reputação

Nelson Jobim é um político conservador, foi Ministro da Justiça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e possui um vinculo de amizade com José Serra e Gilmar Mendes. Embora ministro de Lula, Jobim declarou voto em Serra nas eleições presidenciais de 2010. Jobim também é muito querido pelo Partido da Imprensa Golpista (PIG). A mídia chegou a dizer que ele era o único ministro competente, durante os governo Lula e no pouco tempo que permaneceu no governo Dilma.

Diante do desmentido de Jobim, o que fazer para sustentar a denúncia de Gilmar Mendes e VEJA? A imprensa iniciou a operação de assassinato de sua reputação. Segundo Nassif, na série “O Caso de Veja”, assassinato de reputação é um esquema onde montam-se jogadas, artimanhas, estratégias. Quem não se enquadra ao comando da publicação imediatamente é alvo de represália. Veja abaixo como Jobim passou a ser atacado:

O problema é que a credibilidade de Jobim é baixa, tantas foram as declarações que fez e depois desdisse durante sua carreira pública, principalmente ao longo de sua estada no Ministério da Defesa (2007-2011). Jobim foi um ministro da Defesa trapalhão, assim como havia sido um relator trapalhão da revisão constitucional de 1993, um ministro da Justiça (governo FHC) trapalhão e um ministro e presidente do Supremo trapalhão.” (Ricardo Setti, em 27/05/2012)

Comentário: Aqui questiona-se a credibilidade e chama Jobim de trapalhão. Segundo o dicionário Michaelis, trapalhão é: 1 Confuso, atabalhoado, atrapalhado. 2Que se atrapalha facilmente ou que atrapalha tudo. 3Trapaceiro, embusteiro. sm Indivíduo que é atabalhoado, que mistura e atrapalha tudo o que diz e o que faz.

“Agora, depois de emprestar o escritório para o polêmico encontro de Lula com Gilmar Mendes, Jobim virou uma espécie de leproso.” (Lauro Jardim, em 29/05/2012)

Comentário: Jobim é apelidado de leproso.

“Petralhas estão fazendo um escarcéu danado porque Nelson Jobim, ex-presidente do STF e ex-ministro da Defesa dos governos Lula e Dilma, está negando que Lula tenha tentado intimidar Gilmar Mendes. Ora… Esperavam que ele dissesse o quê? “É, houve mesmo. Foi na minha sala. Assisti, ali, ao ex-presidente da República a fazer ameaças veladas a um ministro do Supremo. Uma coisa realmente feia de se ver…” Ah, tenham paciência!!!” (Reinaldo Azevedo, em 28/05/2012)

“Em entrevista, Gilmar Mendes dá mais detalhes do encontro com Lula e corrige memória de Nelson Jobim” (Reinaldo Azevedo, em 27/05/2012)

Comentário: Primeiro questiona-se a credibilidade de Jobim, depois chama-o de desmemoriado.

Jorge Bastos Moreno

“(…) acabo de falar com o anfitrião do encontro, Nelson Jobim (…). Jobim confirma o encontro, mas nega seu conteúdo. Mas, durante a conversa, eu notei a voz estranha do Jobim. Ele estava cumprindo um rito, um protocolo, um dever de anfitrião de evitar mais constrangimento a si e a outros atores do espetáculo. Repito, como anfitrião, não poderia confirmar o escândalo. Mas me deu uma pista através de um controvertido depoimento. Inicialmente, me disse que a presença de Gilmar foi mera coincidência, do tipo ” ah, eu estava passando por aqui…”. Só que o próprio Jobim deixou escapar que o encontro fora marcado com três dias de antecedência. Logo, Gilmar sabia que naquele horário daquela quinta-feira, Jobim estaria recebendo Lula. Então, não foi surpresa nem coincidência coisa nenhuma.” (Jorge Bastos Moreno, em 26/05/2012)

Comentário: Como Moreno não conseguiu o que queria, ele usa toda sua perícia (aprendida com o perito Molina) para analisar a mudança de frequência na vibração das cordas vocais de Nelson Jobim.

O advogado Jobim não conseguiu sair-se bem da missão de desmentir o indesmentível. (…)O esforço de Jobim para proteger o ex-presidente Lula é tamanho que ele não se incomoda de se pôr em má situação. (Merval Pereira, em 29/05/2012)

Comentário: O “imortal” Merdal Pereira, digo, Merval Pereira questiona a credibilidade de Jobim.

 

De duas, uma. Ou Lula ainda está sob o efeito de remédios contra o câncer na laringe, o que compromete seu apurado tino político, ou então se rendeu à certeza de que é mesmo infalível. (Ricardo Noblat, em 28/05/12)

Comentário: O Partido da Imprensa Golpista não acreditou ser suficiente, era chegada a hora de atacar também o Lula. Eu poderia citar dezenas, mas resolvi escolher a matéria mais nojenta que encontrei sobre o caso.

Infográfico da Folha faz um resumo geral do factóide:

Gilmar Mendes, Lula, VEJA

Lula: “Meu sentimento é de indignação”

O ex-presidente Lula publicou em sua página no Facebook e no site do Instituto da Cidadania a seguinte nota a respeito do encontro que manteve com o ministro Gilmar Mendes, do STF:

NOTA À IMPRENSA
São Paulo, 28 de maio de 2012

Sobre a reportagem da revista Veja publicada nesse final de semana, que apresenta uma versão atribuída ao ministro do STF, Gilmar Mendes, sobre um encontro com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:

1. No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.

2. Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões do Supremo ou da Procuradoria Geral da República em relação a ação penal do chamado Mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.

3. “O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.

4. A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum cargo público.

Assessoria de Imprensa do Instituto Lula